terça-feira, 17 de julho de 2012



“Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços.Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar!”

— Clarice Lispector.
A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida. (Paulo Coelho)

Dê sempre o melhor
E o melhor virá...
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas...
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros...
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo...
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir
 de uma hora para outra...
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja...
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você,mas isso pode nunca
 ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas...
É entre VOCÊ e DEUS...

Nunca foi entre você e eles!
A paz, se possível, mas a verdade a qualquer preço. (Lutero)

"Existem quatro coisas na vida que não se recuperam:
- a pedra, depois de atirada;
- a palavra depois de proferida;
- a ocasião, depois de perdida e

- o tempo, depois de passado."

Mude


Mude,
Mas comece devagar, porque a direção é mais importante
do que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde mude de mesa.

Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.

Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira para passear livremente no campo,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos...
Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama... depois,
procure dormir em outras camas da casa.

Assista a outros programas de tv, compre outros jornais...
leia outros livros.
Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.

Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.

Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, a nova vida.
Tente.

Busque novos amigos.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental... tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.

Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro,
compre novos óculos, escreva versos e poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.

Mude.

Lembre-se de que a Vida é uma só.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.

Grite o mais alto que puder no espaço vazio.
Deixem pensar que você está louco.

Aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores
do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
A positividade que você está sentindo agora.
Só o que está morto não muda!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

É muito fácil achar um assunto que nos torna os reis da festa, o centro da conversa.
Com tantas coisas não funcionando nesse mundo, das quais não gostamos e das quais queremos porque queremos nos queixar, assunto não vai faltar. São coisas que atrapalham todo mundo, saltam aos olhos.

Por exemplo, a sujeira das ruas de São Paulo. Só sobre essa questão temos prosa para todos os gostos. Todo mundo tem caso para contar. Não dá para esperar que um burocrata decente seja nomeado. Enquanto a solução oficial não aparece, descarregamos a raiva falando e contando casos.

Será que cada um de nós poderia fazer alguma coisa para aliviar? De fato, só dá para mexer um tiquinho de nada. Mas, se a gente fizesse isso, mesmo sem movimento popular ou um enorme abaixo-assinado contra a sujeira das nossas sarjetas, já seria mais do que nada.
Palpite infeliz: que tal se cada um se puser a varrer a própria calçada e não jogar a sujeira na sarjeta, evitando que a boca-de-lobo mais próxima entupa na primeira chuva e alague tudo? Aí já não é a minha rua, mas a nossa rua. Sem ser Poliana, pura ingenuidade, peço licença para sonhar um pouco: será que um ou dois vizinhos me vendo, dia após dia, varrendo a frente da minha casa não iriam me imitar? Se formos uma meia dúzia, os rios Tietê e Pinheiros nos serão gratos. Se você mora em prédio e já se queixou ao zelador, ao síndico e ao faxineiro sobre o encardido de certas áreas comuns e nada aconteceu, que tal limpar pelo menos o pedaço que você vê ali perto da sua própria porta? Quem sabe um dia outros comecem a imitar você? Pequenas coisas irritantes podem ser empurradas com a barriga, mas outras perturbam de maneira tão insistente que não dá para deixar para lá. Azar!

Fome, sede, calor e dor são desconfortos que acontecem, e temos que saná-los rapidamente, sem protelar. Mas não é com essas coisas importantes que preenchemos nossas horas de lazer com amigos. As queixas e reclamações a respeito dos nossos indiscutíveis direitos são de outra natureza. Falar mal do governo, da Telefônica, da Sabesp parece um vício que alimentamos por não termos coragem de formular a verdadeira queixa: todos nós gostaríamos que as instâncias e instituições tomassem conta da gente.
O conluio da criança que existe em nós e o poder de se queixar são difíceis de romper. Sentimo-nos injustiçados quando quem cuida do nosso entorno é relaxado. Os adultos não podem fazer muxoxo feito criança pedindo que tudo esteja arrumadinho. Acontece que os responsáveis por cuidar do nosso entorno também se sentem malcuidados e revidam.

Eis aí um círculo vicioso que só pode ser movido se assumirmos um pouco do malfeito. Se o barulho é grande e o Psiu não resolveu, sei que podemos tapar as orelhas. Como não é gostoso viver de orelha tapada, continue insistindo também pelas providências que nos são devidas.

Os maus cheiros são mais difíceis de evitar, mas sempre podemos recorrer a incensos enquanto a emissão de fumaça da indústria próxima não é embargada. Tudo a favor de movimentos comunitários, mas é preciso também saber "pensar pequeno". É glorioso liderar um movimento para demitir o faxineiro relapso. Mas durante o aviso prévio, é melhor varrermos nós mesmos para não escorregarmos no encardido.

Nada de dizer que se você fizer assim ninguém mais vai fazer nada. Ficando só na espera da ação de instância externa e superior, ficaremos muito mais tempo irritadinhos. Pensar pequeno não é desistir, pode até representar um passo na direção de uma cooperação.

Quem sabe um pequeno gesto dê início a um ciclo de reciprocidades e cooperação. Tudo a favor de mandar cartas, de votar certo, de participar de movimentos comunitários, mas, se o barulho é grande, tape os ouvidos, pois é o que dá pra fazer.

1.
Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.
2.
Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.
3.
Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.
4.
Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.
5.
Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.
6.
Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.
7.
Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga,
você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.
8.
A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.
9.
A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.
10.
A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.
 Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

    Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

    Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

     Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

    Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

    Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

    Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.

    Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.

    Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
Não prometo fazer o seu céu cinza ficar azul, mas prometo ficar ao seu lado, até a tempestade passar.

A paz



Temos que ensinar a paz, porque a paz não se consegue com tratados, com convênios nem com documento algum, senão que a paz cada um devemos buscá-la dentro de nós mesmos. Educar as pessoas, instruí-las para que cada uma comece a buscar dentro de si a paz.
Não podemos conseguir a paz enquanto a pessoa esteja cheia de ambições, orgulho, querendo sobressair e se fazer sentir sobre os demais, como o mais poderoso.
Temos, como exemplo, os Estados Unidos, a Rússia, a Inglaterra e muitos outros que querem pela força dominar o mundo, apoderar-se. Por isso há guerras, porque um país, por pequeno que seja, se faz respeitar pelo invasor.
 É até ridículo e vergonhoso ouvir aos grandes intelectuais falar de paz, sem terem eles um momento de paz dentro de si mesmos. Este tipo de ignorantes crê que a paz é conseguida com discursos e palavras rebuscadas em enciclopédias, dicionários, estando por dentro podres de orgulho, vinganças, medo; e o pior de tudo é que ignoram seu estado interior e se crêem super-homens.
Como querem os governos conseguir paz em seus países, exigindo maiores impostos, a despesa familiar subindo diariamente, as enfermidades avançando pela desnutrição do povo e, não obstante, a qualquer um que lhes reclame seus direitos, tratam-no de comunista, revoltoso, guerrilheiro. Com este disfarce tapam a boca do povo, para que todos tenham medo e não possam reclamar. E, se o fizerem, para isso estão os grupos secretos, para calá-los.
 Assim é como se vê os assassinatos nos campos. Já não há quem cultive a terra com medo de ser assassinado com sua família. Mas, não obstante, enche-se-lhes a boca, falando de paz, democracia, e não sabem sequer o que é democracia e, se o sabem, calam-no.
 Em todo país onde há monopólio de imprensa, onde ninguém pode falar pelo rádio ou por escrito, que democracia pode haver?
 Estou demonstrando que democracia é uma palavra ou disfarce, para contentar o povo. Porém, se vamos aos fatos, demonstra-se o contrário, porque os fatos falam por si mesmos.
 O povo, descontente pelas más administrações, confundido, sem ter a quem se queixar, porque os códigos e as leis favorecem à sem-vergonhice e ao que tenha dinheiro, ou porque pertença à determinado partido político, ou famílias intocáveis. Por isto se formam as guerrilhas, já que são o resultado da grande injustiça social e moral.
 As pessoas sem nenhuma educação ou orientação crêem que o caminho correto é empunhar as armas e se lançar para reclamar seus direitos que por lei correspondem a cada cidadão, não tendo eles em conta que existe outro fator delicado e ao qual merece ser posto muita atenção, que é o comunismo internacional, sem saber sequer o que quer dizer comunista.
 Toda família, grande ou pequena, rica ou pobre, e toda organização pode também ser chamada comunista, porque a palavra comunista bem de comunidade.
 Todo lar e toda organização têm seu chefe. No lar é o pai de família, é ele quem distribui o dinheiro para satisfazer às necessidade nesse lar. Que é isto? Comunismo! Que é uma comunidade em miniatura, porém, o é.
 O mal do comunismo internacional é o marxismo-leninismo, em que querem submeter a mente humana a seus caprichos ou ao ateísmo, que é a parte que converte em besta o ser humano. Porque, segundo ele, não existe Deus, nem as hierarquias divinas. Ou seja, que o planeta saiu do nada, segundo eles.
 Esta lavagem cerebral fazem-na a cada candidato que estão conquistando para engrossar suas fileiras.
Dê-me a mão, caminharemos lado a lado, confie em mim. Enxugarei lágrimas e admirarei teus sorrisos.
Twitter
Estar apaixonada não é quando tudo fica lindo. É quando todos os outros ficam feios.
Eu e ele não temos nada em comum, a não ser o fato de sermos amigos. 

A morte devagar


Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Não é errado ter opiniões firmes. Errado é não ter nada além disso. 
Trate bem os estranhos, os grandes amigos são estranhos antes de se tornarem grandes amigos. 

A gente se acostuma




Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Uns tentam nos dividir, outros vem multiplicar. Uns vem pra te ver cair, outros vem te levantar.
Uns tentam nos dividir, outros vem multiplicar. Uns vem pra te ver cair, outros vem te levantar.
Amizade é a semente que eu rego, o amuleto que eu carrego e alimenta minha crença.

O Amor na visão das crianças.

-Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo  que você não gosta;
- Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela, mesmo quando ele tem artrite ;
 -  Amor é quando uma menina coloca perfume e o menino coloca loção pós-barba, aí eles saem juntos e se cheiram ;
  Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente ;
-Amor é quando você sai para comer e oferece suas  batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as  batatinhas dela;
- Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita  porque sabe que isso fere seus sentimentos;
- Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele ;
- Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso.  Aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda;
- Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de  Deus,mas o amor de Deus junta os dois ;
- Amor é quando mamãe vê o papai suado e mau cheiroso  e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford;
- Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai  na platéia me  acenando e sorrindo, era a única pessoa fazendo isso e eu já não sentia medo;
- Amor é quando você fala para um garoto que linda  camisa ele está  vestindo e aí ele a veste todo dia ;
- Quando você ama alguém seus olhos sobem e descem e  pequenas estrelas saem de você ;
- Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você  deixa ele sozinho o dia inteiro;
- Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as  suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras;
-Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muitos amigos  mesmo se conhecendo há muito tempo;E você, como definiria o amor?

Porque a maltratam, se és tão bela, se és criada pelo nosso Deus, se nos ajuda, se sem elas não vivemos ? -Porque eles só saberão dar valor quando precisarem .






" Siga seu caminho, na luz do senhor, pois se você o seguir, pode ter certeza que será o rumo certo da tua vida"

As razões que o Amor desconhece'
Você é inteligente.
Lê livros, revistas e jornais. Gosta de filmes de Woody Allen, do Hal Hartley e do Tarantino, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido em comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.

Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento,  mas uma equação matemática : eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim. Ninguém ama a outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo-lhes à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido que por uma ficha limpa.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele adora o Planet Hemp, que você não suporta. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, mas você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca em sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, ele adora animais, ele escreve poemas. Por que você ama esse cara? Não pergunte a mim.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas a que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou murchar, você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de Rock e ela de MPB, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, se veste bem e é fã do Caetano. Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, está assim, ó.
Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é.   Martha Medeiros )


"Acredito que algum dia irei encontrar alguém que me ame o suficiente para eu retribuir."

" Não tenhas medo de conhecer aquilo que parece estranho, pois as vezes aquilo que é bom vem em um embrulho desconhecido"
"Se hoje eu sou estrela, amanha já se apagou "

Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem. 

"Cuidado com o que falas, pois as vezes uma palavra marca mais do que um tiro na cabeça. "